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quarta-feira, 13 de junho de 2012

O doente é o seu melhor médico?

Há poucos anos disse a um médico que parei de tomar um medicamente que me receitara porque me causava mal-estar, devido a qualquer efeito secundário, e ele respondeu «fez bem porque o doente é o seu melhor médico».

Pouco tempo depois veio a propósito falar nisto à cardiologista que não gostou e disse que esse médico está errado, porque então os doentes não precisam de ir à consulta. Apercebi-me que havia duas opiniões inconciliáveis e mantive-me calado. Na consulta seguinte disse à cardiologista que nos dias quentes de verão parei de tomar o medicamente para baixar a tensão porque esta baixava demais ao ponto de me sentir sonolento e com tendência para desmaiar e ela disse que fiz bem.

Com isto fiquei mais convencido de que o médico referido inicialmente tinha razão, pois o doente deve procurar compreender o funcionamento do seu corpo e os efeitos dos medicamentos. No entanto, o doente não deve prescindir do médico, mas pode ajudá-lo muito em seu próprio benefício.

Nesta ordem de ideias, estou a tomar apenas às 2ªs, 4ªs e 6ªs o medicamento que me foi receitado para tomar diariamente, constante da imagem, por virtude de a temperatura quase de verão estar a moderar a tensão arterial, potenciando o efeito do medicamento. Certamente, no pino do verão, deixarei completamente de o tomar até o tempo voltar a arrefecer, no outono.

Esta reflexão pode ser útil aos visitantes deste blogue e é por isso que a publico. Agradeço os comentários que, provavelmente, não deixarão de surgir.

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