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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Os benefícios do Vinho

O vinho natural, tomado em pequenas doses é uma bebida tónica e estimulante, sobretudo o vinho tinto, enquanto o vinho branco é diurético. É devido a esta sabedoria intuitiva que os menos novos não dispensam o seu copito para que as veias não se atrofiem e o coração bata por longos anos.

Hoje sabe-se que o vinho tinto, devido às substâncias anti-oxidantes que contem, é um exterminador implacável dos radicais livres, esses minúsculos átomos ou moléculas que atacam as estruturas celulares e as destroem pouco a pouco. Os radicais livres são os maiores causadores das doenças cardíacas e do cancro.

Se beber, moderadamente, o vinho é saudável. Siga a advertência do provérbio: " Três copos de vinho mandam embora (em boa hora) os espíritos, mas com o quarto, eles voltam". Só deve beber um copinho ou dois a cada refeição ou fora dela, consoante for o caso.

Normalmente os vinhos são consumidos num curto espaço de tempo, devendo ainda ser evitada a luz e o calor. Se tiverem cheiro a mofo, a podre ou a torrado deite fora e recomece a operação.

Antes de utilizar vinhos sinta-lhes o cheiro. Se não o tiverem é porque estão no período "mudo" entre os dois e os quatro anos. Isto acontece porque o excesso de calor, de luz ou de falta de humidade irritaram o "jovem". Passe a outro onde os aromas se façam sentir com mais fragrância.

A regra fundamental é ter um bom vinho, nada de zurrapas.

Parte de um artigo de Cunha Simões, Roteiro Gastronómico, adaptado a este Blogue pela autora do post, que modéstia à parte, sabe o que diz :)))

Fernanda Ferreira (Ná)

3 comentários:

A. João Soares disse...

Quarida Amiga Ná,

Sabe o que diz e, também, depois de se ler isto, podemos dizer sabe o que bebe!!!
E que me diz de todos os vinhos comerciais terem sulfitos? e outros produtos químicos.
Gosto de brincar um pouco, em busca de esclarecimentos. Depois da água, a minha bebida mais consumida é o vinho (quem diz vinho, diz tinto!), mas há coisas que me confundem: O Abel Pereira da Fonseca tinha as adegas junto do rio e, antes de morrer, disse as filhos: Nunca se esqueçam que das uvas também se faz vinho! Quando eu era miúdo, há muitos, muitos anos, o vinho era feito num lagar, mas há poucos anos fui visitar as instalações da Rimor (em Rio Maior) e falava-se da fábrica. E as referências ao vinho mostravam que se tratava de um produto de laboratório, como os xaropes para a tosse ou outro fármaco químico.
Fica aqui a sugestão para quem souber e quiser dar-nos os esclarecimentos necessários. Mas continuarei a apreciar este néctar que devo ter conhecido antes de haver chupetas!!! Não acreditem porque, na verdade, não me lembro!!!

Beijos
João

poetaeusou . . . disse...

*
abel pereira da fonseca,
regredi,
na realidade o Poço do Bispo,
era uma extensa zona de vinhas
nas encostas do Beato e regadas
com o limpido Trancão, srsrsr ,
,
gostei do post,
,
brisas serenas, deixo,
,
*

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Meus queridos amigos João e Poeta.

Eu falei em Vinho e em "Zurrapa"...
É preciso naturalmente saber distinguir.

Já o meu grande Mestre, Sr. Nicolau de Almeida, me dizia o mesmo e no ensinou.
Eu sei a diferença...felizmente, não foi em vão que trabalhei 14 anos com o pai do Barca Velha.

Como sabe, sobretudo o meu amigo João, podia estar aqui horas a falar deste assunto, mas resumindo, os sulfitos encontram-se presentes em todos os vinhos e são formados naturalmente durante a fermentação.
Infelizmente podem ser ainda adicionados. Muitos produtores de vinho adicionam dióxido de enxofre para ajudar à conservação do vinho.
Mais uma vez há que saber!

Em traços gerais, se um vinho deixar um dor de cabeça ou pior ainda, der alergia (em forma de estado de embriaguez), mesmo bebido em quantidades normais, não voltem a experimentar mais.
Deixem as zurrapas nas prateleiras para os produtores.

Beijinhos